terça-feira, 15 de agosto de 2006

"MARCADO PELO ABANDONO"

By Giselle Vergna (em 23/08/98)

Como irei prosseguir,
se não tenho pra onde ir?
À quem devo pedir, se não
tenho com quem contar?
Sem ninguém pra me ajudar.
Se assim continuar a ser
logo irei sucumbir, sem ter o que comer,
sem força pra correr, ou mesmo andar.
E já sem lágrimas pra chorar,
sem sonhos pra sonhar.
Isso é que é o horror,
de uma vida sem amor,
vida só de magoas e rancor.
Vida, cedo sem sabor, sem cor
Vida do desejo de sentir um beijo
dado na face,
com carinho, ternura e calor.
Estou tão marcado pelo abandono,
e sujo como papel carbono.
Já não tenho prazer em sorrir,
de tanto todos me ferir.
Ferido pela vida, bandida, errante,
Vida pra mim, ordinaria.
Cansei de bater nas portas,
todos me viraram as costas
Já fui pisoteado, mal encarado.
Hoje enfim, não sofro mais
Pois com a vida aprendi,
que a mim mesmo não devo mentir,
E apesar dos de tudo, devo sorrir,
E de lá do fundo devo emergir,
Só de emoção e felicidade devo chorar,
E não mais deixar a vida me magoar,
Pois "ela", EU devo comandar,
Pois se um dia ela me faltar,
não terei como meus erros reparar
Pois tudo será infinito, mas
só enquanto durar.


Eu sei que esse texto tá um pouco infantil, mas eu o escrevi a 8 anos...fiz algumas alterações, mas somente de algumas palavras...a idéia continua a mesma de quando eu escrevi. E na época que eu escrevi, me inspirei num menino de rua que eu entrevistei para um trabalho que eu fiz pra escola em 1997. Mas parece incrível como esse texto parece tão recente pra mim, e tem uma semelhança com o que aconteceu com o meu irmão...por isso eu resolvi postá-lo. Michel, eu amo muito você, e pode ter certeza de que o que tiver ao meu alcance, eu farei por você, só espero que você não me decepcione pela décima vez. Apesar de que eu não me canso de tentar te ajudar. As minhas esperanças não morrem enquanto eu viver.

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