terça-feira, 25 de setembro de 2012

Sobre o amor que sinto por você.


 Ah, se eu tivesse coragem de me declarar...Eu te diria assim:


Quando olho pra você, fico imaginando meu futuro. E como seria se eu o tivesse conhecido antes, se eu teria alguma chance. Quando você sorri perto de mim, teu sorriso manda pra longe as núvens escuras e o meu dia se ilumina.

Quando estou perto de você, uma estranha, mas, agradável força toma conta de mim. Quando ouço tua voz, meus pêlos se arrepiam, minha pele grita que te quer mais perto de mim. Quando suas mãos me tocam, é difícil manter o controle, e num impulso eu te tocar de volta. Teu cheiro eu sinto de longe, e não posso te olhar nos olhos, se não, me entrego logo de cara. Por muitas vezes precisei te evitar pra esse sentimento não crescer na velocidade da luz. Mas meu esforço parece inútil, pois não consigo parar de te admirar, cada dia mais, e mais...

O amor que eu sinto não é aquele convencional que os humanos se condicionaram a sentir. Não é aquele que se sente dono, que quer ter o controle de tudo, aquele amor que acorrenta. 

E quem foi que te disse que eu não sinto ciúmes? Aposto que você nem imagina! Mas, o amor que eu sinto é aquele que deixa ir e voltar quando quiser, pois meu amor não tem chaves, não tem segredos, não tem portas, não tem regras, não tem bem e mal, não tem certo e errado, não espera reconhecimentos e recompensas. Não quero ser sua dona, e nem dona de nada do que é seu. Só quero que você também me queira.

Quero cuidar de você, das tuas gripes e ressacas. Te ouvir contar como foi seu dia enquanto tomamos café. Quero as cuecas no banheiro, as toalhas molhadas em cima da cama e todos os defeitos incluídos nesse pacote. Quero ouvir suas novas idéias, toda a sua maluquice e inconstância. Quero também, todos os seus problemas. Já te dei minha lealdade, o melhor de mim está nas tuas mãos e você nem percebeu. Eu nunca mancharia teu nome.

Mas, queria também, dividir meus problemas e defeitos com você. Te ensinar as coisas legais que eu sei. Te ouvir me chamar de chata (porque sei que sou), enquanto ri de mim...por que não? E com um simples abraço seu, todo o meu mau humor se desfará. Queria adormecer olhando pra você, segurando sua orelha, enquanto você mexe nos meus cabelos...sentindo sua respiração e todo o frisson, resultantes de carícias e chamegos. Eu também queria chegar e encontrar sua porta aberta, assim como a minha sempre está pra você. 

Quero comemorar contigo as tuas e as minhas conquistas, quero ser parte delas e você, parte das minhas. Estar sempre por perto, e assim como você se tornou pra mim, eu ser teu porto seguro, um farol no mar, se um dia você se sentir perdido, quero ser a luz a te guiar pra terra firme, e quem sabe até te mostrar uma nova direção. É assim o amor que eu sinto por você.

Já te dei vários sinais dos acontecimentos, e deixei muita coisa no ar, subentendida, mas não consigo entender esse meu medo de admitir de vez que te amo e que te quero por inteiro, e não só o teu sexo. E de te confessar todas essas coisas. Ao invés disso, num mecanismo de defesa, acabo fingindo que não me importo, talvez com medo de saber que você não se importa, e que nada do que eu sinto é recíproco. E então, fico sofrendo essa tortura diária.

Mas preciso te dizer também, que, talvez esse amor que eu sinto, um dia se acabe. Não sei se posso esperar que um dia haja alguma ponte nesse abismo de complicações, porque não sei se você algum dia cogitou as mesmas coisas à meu respeito. Está além das minhas possíbilidades prometer um "pra sempre", diante de todas as minhas e as suas incertezas. Enquanto isso, só me resta cantar aquela música que diz: "Se você quiser alguém pra ser só seu, é só não se esquecer, estarei aqui".

Acho que era tudo isso que eu queria te dizer.

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