RESÍDUOS
A ONG Pueras mostra que boa parte dos materiais que vão parar na lata do lixo podem ser reaproveitados. Páginas de revistas viram lindas bijuterias, óleo de cozinha vira sabão, garrafas PET podem se transformar em poltronas.
A cidade de São Paulo gera cerca de 13 mil toneladas de lixo por dia. Pelo menos parte dele poderia ter outro fim que não os lixões. Por isso, a Pueras desenvolve programas de educação ambiental, organiza cooperativas de catadores, além de realizar projetos para sensibilizar a sociedade através de palestras e treinamentos.
Na estação administrada pela Pueras, muitos mitos sobre reciclagem são esclarecidos. Por exemplo, não é necessário lavar os materiais que são destinados à coleta seletiva; papelão, plástico e vidro não precisam ser separados. Tudo pode ser colocado numa mesma sacola ou caixa e direcionado à reciclagem.
Durante esta semana, no Parque do Ibirapuera, os visitantes também encontram lixeiras para materiais recicláveis e não-recicláveis, customizadas por artistas plásticos.
MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL
A estação do Centro de Voluntariadopode ser decisiva para muita gente que sempre quis ser voluntário. Lá há uma lista visível que mostra mais de 750 instituições cadastradas, muito bem organizada por área de interesse ( Saúde, Educação, Cidadania, Lazer, Esporte, Meio Ambiente ou Asssistência Social) e por região. Os monitores explicam que é muito fácil localizar uma instituição perto de casa, o que garante a continuidade da ação.
O Centro de Voluntariado realiza cerca de 15 palestras por mês, para até 50 pessoas interessadas em conhecer um pouco mais sobre o trabalho voluntário, seus direitos e deveres. Todos que dela participam recebem um certificado e muitos saem de lá com o compromisso firmado de doar seu tempo, trabalho e talento aos mais necessitados. Desde 1997, quando a organização foi criada, mais de 95 mil pessoas já foram orientadas sobre o trabalho voluntário e já surgiram mais de 60 centros de voluntariado pelo Brasil.
Lá na sua estação, no Planeta no Parque, o Centro de Voluntariado organiza diariamente, das 16h às 17h, uma roda de conversa sobre voluntariado e transformação social.
CONSUMO CONSCIENTE
Sua estação foi montada como um labirinto. Nela, o Instituto Akatu mostra dados preocupantes sobre o nível de consumo da nossa sociedade. Em uma grande cidade, uma pessoa usa, em média, 250 litros de água por dia. A Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda o uso de metade desse volume no mesmo período. Haja "aga-dois-ó" para sustentar tal nível de consumo!
Quer mais? Somente no Brasil, há 102 milhões de celulares. E guardanapo? Uma família de quatro pessoas que faz três refeições por dia consome, em 20 anos, 86 400 unidades!
Lá no "Planeta no Parque", o Instituto Akutu - ONG mais lembrada quando o assunto é consumo consciente -, passa muito bem sua mensagem sobre a responsabilidade que cada indivíduo tem sobre a preservação do nosso planeta, que abriga 6,6 bilhões de consumidores potenciais.
No final do labirinto, cartazes da campanha do Akatu ilustram, de forma singela e determinada, revelam mensagens bacanas, que deveriam ficar registradas em nossas mentes, para sempre.
NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS
Todos os objetos mostrados nesta estação, organizada pela ONG Amigos da Terra, preenchem importantes requisitos: geram emprego, renda e ainda contribuem para a conservação da Amazônia. Floresta e atividade econômica podem, sim, conviver, desde que seja traçada uma estratégia inteligente e sustentável. E há como reconhecer se o produto segue esses requisitos.
O conjunto de mesa e cadeiras de madeira, em exposição no estande, é certificado. O selo da organização internacional Forest Stewardship Council (FSC) garante que a floresta foi manejada seguindo padrões rigorosos e não predatórios. A FSC já certificou 90 milhões de hectares em mais de 70 países nos últimos 13 anos. No site do Compradores de Produtos Florestais Certificados há uma relação das empresas que fabricam produtos certificados.
O balcão de serviços para negócios sustentáveis, criado pela Amigos da Terra para dar apoio a empreendimentos (comunitários e micro e pequenas empresas) que querem crescer sem deixar de se preocupar com a sustentabilidade, também integra esta estação.
O estande, além de apresentar produtos que resultam de negócios sustentáveis, também instrui os visitantes sobre como atuar como consumidores conscientes, ficando mais atentos, por exemplo, à certificação dos móveis que decoram a sua casa.
*Informações retiradas do site da Editora Abril.
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