Como irei prosseguir,
se não tenho pra onde ir?
À quem devo pedir, se não
tenho com quem contar?
Sem ninguém pra me ajudar.
Se assim continuar a ser
logo irei sucumbir, sem ter o que comer,
sem força pra correr, ou mesmo andar.
E já sem lágrimas pra chorar,
sem sonhos pra sonhar.
Isso é que é o horror,
de uma vida sem amor,
vida só de magoas e rancor.
Vida, cedo sem sabor, sem cor
Vida do desejo de sentir um beijo
dado na face,
com carinho, ternura e calor.
Estou tão marcado pelo abandono,
e sujo como papel carbono.
Já não tenho prazer em sorrir,
de tanto todos me ferir.
Ferido pela vida, bandida, errante,
Vida pra mim, ordinaria.
Cansei de bater nas portas,
todos me viraram as costas
Já fui pisoteado, mal encarado.
Hoje enfim, não sofro mais
Pois com a vida aprendi,
que a mim mesmo não devo mentir,
E apesar dos de tudo, devo sorrir,
E de lá do fundo devo emergir,
Só de emoção e felicidade devo chorar,
E não mais deixar a vida me magoar,
Pois "ela", EU devo comandar,
Pois se um dia ela me faltar,
não terei como meus erros reparar
Pois tudo será infinito, mas
só enquanto durar.

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