Estou dura mas feliz
Sou pobre mas gentil
Sou baixinha mas saudável, sim
Estou viajando, mas estou de castigo
Sou sensata mas subjugada
Estou perdida mas tenho esperança, querido
E a que tudo isto se resume?
É que tudo ficará bem, bem, bem
Porque uma de minhas mãos esta no bolso,
E a outra está dando um aperto de mão
Sinto-me bêbada mas estou sóbria
Sou jovem e ganho muito mal
Estou cansada mas estou trabalhando, sim
Eu me importo, mas estou inquieta
Estou aqui mas na verdade não estou
Estou errada, e sinto muito, querido
E a que tudo isto se resume?
É que tudo ficará numa boa
Porque uma de minhas mãos esta no bolso,
E a outra está acendendo um cigarro.
E a que tudo isto se resume?
É que eu não entendi tudo ainda
Porque uma de minhas mãos esta no bolso,
E a outra está fazendo um sinal de paz
Eu sou livre, mas sou dedicada
Sou imatura, mas sou esperta
Sou durona, mas sou amigável querido
Estou triste mas estou rindo
Sou valente, mas sou uma covarde
Eu sou maluca, mas sou bonita, querido
E a que tudo se resume
É que ninguém conseguiu decifrar tudo
Porque uma de minhas mãos esta no bolso
E a outra está tocando piano
E a que tudo isto se resume, meus amigos?
É que está tudo bem, bem, bem
Porque uma de minhas mãos esta no bolso,
E a outra está chamando um táxi
(Alanis Morissette)
quinta-feira, 16 de junho de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Will
*06/11/1979
+27/04/2011
Vou te contar uma coisa: Hoje o dia amanheceu cinza, frio, pesado e triste, porque amanhecemos sem você. Acordamos com o gosto amargo do luto na boca, mas ao mesmo tempo com o doce sabor das lembranças. E todas elas vieram à tona.
Aquela gargalhada debochada, todos os "wooow's" que você entoou, os abraços sufocantes, de quase enforcar que você me dava, cada vez que a gente se encontrava...e todos aqueles porres "homéricos", de ficar com os beiços roxos de tantos vinhos que bebemos. A garoa, nas madrugadas em que ficamos à toa na rua, esperando o sol nascer, desperdiçando todo o nosso vocabulário em conversas intermináveis.
E todos os debates que travamos, todos os argumentos e idéias que trocamos, cada estrela do céu que contamos...Tudo isso agora vem à tona. Tudo isso, e, a saudade, que já começa a cutucar o coração, e dar sinais de que vai doer muito, por muito tempo.
Tantos foram os doces gestos seus, que me faltam palavras pra descrever. Dizem que o tempo cura tudo isso. Mas é obvio que as lembranças...nada, e nem ninguém vai me tirar. Nem o tempo!
Will, você vai fazer muita falta, man. Não sei calcular o tamanho da saudade que eu já to sentindo. Mas infelizmente nem tudo é como a gente quer...e como eu queria que tudo isso não passasse de uma brincadeira de mal gosto de alguém.
Onde quer que você esteja agora, sei que está bem. Sua presença entre nós ainda é muito forte. Parece que ainda ouço suas gargalhadas, e suas tirações de sarro comigo...seu espírito jovem ficará pra sempre nos nossos corações.
Vá em paz, meu amigo!
quinta-feira, 17 de março de 2011
O Ritual da Espera...
Por Giselle Vergna
Lá pelas oito e trinta da manhã Ela desperta, olha pela janela levantando os braços e esticando-se bem para alongar o corpo, toda cheia de ânimo e de esperança, exatamente como faz em todas as manhãs. Ainda com os braços lá no alto, no alge da espreguiçada, logo pensa: - Hoje Ele vem! Eu sinto! Ele vai me telefonar dizendo que vem.
Em seu desjejum, prefere requentar o café do dia anterior, até porque, não vai fazer café antes Dele chegar e correr o risco dele não gostar do café porque não está fresquinho Imagina, que vergonha!
Enfim, às nove e cinquenta e cinco, de fato, Ele telefona para Ela. - Ele me ligou e disse que vem. Eu não disse que hoje Ele viria? Imediatamente ao desligar o telefone, põe-se a faxinar, limpando e perfumando todos os míseros cantinhos da casa com tamanho asseio que quase tira a tinta dos móveis. Troca a roupa da cama, vestindo-a com a colcha mais nova e mais bonita e espalha no que logo será seu leito de amor um perfume diferente, uma fragrância afrodisíaca _era o que dizia na embalagem_ para deixá-los loucos de desejo ao se deitarem. Às onze e quarenta e sete Ela vai para a cozinha pois também quer pegá-lo pelo estômago. Típico pensamento feminino.
As lágrimas de cortar cebola são inevitáveis, mas ela está feliz. Enquanto separa os ingredientes do prato que vai preparar, ela se perde em seus devaneios, idealizando o passo a passo desde a hora que ele chegar até a hora Dele ir embora, pois sabe que será muito rápido, quase que cronometrado, como sempre são os encontros dos dois. Mesmo assim, ela quer que esteja tudo impecável para o encontro ser perfeito. "Voilà"! O prato está pronto! E ela, orgulhosa, considerando-se "Chef".
Lá pelas oito e trinta da manhã Ela desperta, olha pela janela levantando os braços e esticando-se bem para alongar o corpo, toda cheia de ânimo e de esperança, exatamente como faz em todas as manhãs. Ainda com os braços lá no alto, no alge da espreguiçada, logo pensa: - Hoje Ele vem! Eu sinto! Ele vai me telefonar dizendo que vem.
Em seu desjejum, prefere requentar o café do dia anterior, até porque, não vai fazer café antes Dele chegar e correr o risco dele não gostar do café porque não está fresquinho Imagina, que vergonha!
Enfim, às nove e cinquenta e cinco, de fato, Ele telefona para Ela. - Ele me ligou e disse que vem. Eu não disse que hoje Ele viria? Imediatamente ao desligar o telefone, põe-se a faxinar, limpando e perfumando todos os míseros cantinhos da casa com tamanho asseio que quase tira a tinta dos móveis. Troca a roupa da cama, vestindo-a com a colcha mais nova e mais bonita e espalha no que logo será seu leito de amor um perfume diferente, uma fragrância afrodisíaca _era o que dizia na embalagem_ para deixá-los loucos de desejo ao se deitarem. Às onze e quarenta e sete Ela vai para a cozinha pois também quer pegá-lo pelo estômago. Típico pensamento feminino.
As lágrimas de cortar cebola são inevitáveis, mas ela está feliz. Enquanto separa os ingredientes do prato que vai preparar, ela se perde em seus devaneios, idealizando o passo a passo desde a hora que ele chegar até a hora Dele ir embora, pois sabe que será muito rápido, quase que cronometrado, como sempre são os encontros dos dois. Mesmo assim, ela quer que esteja tudo impecável para o encontro ser perfeito. "Voilà"! O prato está pronto! E ela, orgulhosa, considerando-se "Chef".
Agora vem a parte mais difícil. Entra no banho preocupada se vai conseguir aprontar-se a tempo dele chegar, pois são tantos os detalhes que Ela chega a ficar perdida. Liga o chuveiro e deixa as primeiras gotas frias cairem no chão até que água aqueça a seu gosto. Apanha o sabonete e acaricia-se suavemente, imaginando ser as mãos dele, até que todo seu corpo esteja recoberto pela espuma branca como neve que sai daquele sabonete com hidratante de fórmula especial. Para esfregar-se, usa uma bucha vegetal, confiando no que sua bizavó, avó e mãe diziam: Que a tal bucha deixa a pele mais macia.
O banho terminou, mas Ela ainda deixa a água percorrer seu corpo por mais alguns minutos, enquanto pensa em como vai seduzí-lo. Meia hora depois, Ela enxuga-se e passa para a próxima fase, a de se vestir. Em frente o espelho, ainda com os cabelos úmidos Ela quase não acredita no que vê. Depois de tanta dedicação na arrumação da casa, todo o seu guarda roupas encontra-se espalhado pela cama, e aquilo não se parecia nem de longe com um leito de amor. Cruzes!
Ela vestiu-se e despiu-se tantas vezes que, acabou optando por uma "roupinha básica". Vestiu então sua melhor lingerie, um shorts desbotado e uma camiseta regata decotada e coladinha, acreditando que daquela maneira ficaria sexy.
Espere um pouco; que horas são? Uaaaau! Já passa das duas e meia da tarde. Enquanto Ela se arrumava e tentava enfurnar suas roupas devolta no guarda roupas, perdeu a noção do tempo, o almoço esfriou, ela ainda não fez o café. E também não se deu conta que Ele não deu mais nenhum sinal de vida. Andando impacientemente de um lado para o outro da casa limpa e perfumada, com o telefone celular em uma das mãos, e o maço de cigarros já quase vazio na outra, ela não sabe se telefona para perguntar se ele ainda vem, ou se continua esperando ele chegar ou telefonar. Ela não quer ser a mulher chata e grudenta, mas por outro lado, tem medo Dele achar que ela não se importa.
Presa nesse dilema e ainda imaginando como seria sua tarde de amor, eis que as cinco e meia da tarde Ele telefona para avisar que (como ela já está acostumada a ouvir), não conseguiu cumprir todos os seus compromissos a tempo e que não virá hoje, mas que amanhã sem falta ele virá, porque está morrendo de saudades. Ela engole o choro, tenta disfarsar a voz embargada e diz: Tudo bem, eu entendo! Amanhã a gente se vê então! Ela requenta o almoço intacto, senta na mesa e come aquela comida já sem sabor, mas sem perder a esperança. Às onze da noite vai deitar-se, novamente romantizando o encontro de amanhã, porque, amanhã, com certeza ele vem.
No dia seguinte, lá pelas oito e trinta da manhã Ela desperta, olha pela janeta levantando os braços e esticando-se bem para alongar o corpo, mais uma vez toda cheia de ânimo e de esperança. Ainda com os braços lá no alto, no alge da espreguiçada, logo pensa: - Hoje Ele vem! Eu sinto! Ele vai me telefonar dizendo que vem.
Denovo, mais ou menos às nove e quarenta e dois Ele telefona dizendo que vem, e, lá vai ela dar um retoque na casa, e...
segunda-feira, 14 de março de 2011
Coisas Que Eu Sei...
(Danni Carlos)
Eu quero ficar perto
De tudo que acho certo
Até o dia em que eu
Mudar de opinião
A minha experiência
Meu pacto com a ciência
Meu conhecimento
É minha distração...
Coisas que eu sei
Eu adivinho
Sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio
Mostra o tempo errado
Aperte o Play...
Eu gosto do meu quarto
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer
Na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo tá fechado
Pra visitação...
Coisas que eu sei
O medo mora perto
Das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim
Não vou trocar de roupa
É minha lei...
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais
Depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro
Do que eu desenhei...
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas
No meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos
Que eu não sei usar
Eu já comprei...
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo
Mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre
Quando tô a fim...
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia...
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia...
Agora eu sei...
Agora eu sei...
Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Eu sei!
Eu quero ficar perto
De tudo que acho certo
Até o dia em que eu
Mudar de opinião
A minha experiência
Meu pacto com a ciência
Meu conhecimento
É minha distração...
Coisas que eu sei
Eu adivinho
Sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio
Mostra o tempo errado
Aperte o Play...
Eu gosto do meu quarto
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer
Na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo tá fechado
Pra visitação...
Coisas que eu sei
O medo mora perto
Das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim
Não vou trocar de roupa
É minha lei...
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais
Depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro
Do que eu desenhei...
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas
No meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos
Que eu não sei usar
Eu já comprei...
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo
Mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre
Quando tô a fim...
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia...
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia...
Agora eu sei...
Agora eu sei...
Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Eu sei!
Ao longo dos dias...
Tenho andado meio distraída
Aflita com o que pode ser
Ou com o que nunca mais será
Perco a fome quando lembro seu nome
Mais um cigarro, um café
E aparentemente fica tudo bem
Ao longo dos dias vou tentando viver
Sem as sombras do passado
A me acompanhar
Tento afastar dos meus ouvidos
Os fantasmas que me sopram seu nome
E aparentemente nao tô nada bem
Se alguém me perguntar
Se eu já te esqueci
Vou mentir, dizer que sim
Nem toda dor dura para sempre
Vou esperar que o mundo dê suas voltas
E numa dessas, acabo por...
Enfim...
(Giselle Vergna - 20/06/2006)
Aflita com o que pode ser
Ou com o que nunca mais será
Perco a fome quando lembro seu nome
Mais um cigarro, um café
E aparentemente fica tudo bem
Ao longo dos dias vou tentando viver
Sem as sombras do passado
A me acompanhar
Tento afastar dos meus ouvidos
Os fantasmas que me sopram seu nome
E aparentemente nao tô nada bem
Se alguém me perguntar
Se eu já te esqueci
Vou mentir, dizer que sim
Nem toda dor dura para sempre
Vou esperar que o mundo dê suas voltas
E numa dessas, acabo por...
Enfim...
(Giselle Vergna - 20/06/2006)
sábado, 5 de fevereiro de 2011
O gosto amargo da frustração...
Será que é tão difícil ser honesto com as pessoas? Eu não tenho dificuldade alguma pra dizer o que penso. Mas noto que boa parte das pessoas que me cercam tem problemas pra dizer coisas do tipo: "Eu não gosto de você", "Seu jeito autoconfiante me incomoda" ou "Eu não gosto da maneira como você trabalha" Preferem negligenciar a situação e fingir que está tudo bem, "levar tudo ao banho maria".
Mas não está tudo bem...não estava, nunca esteve. Percebi que o meu pior defeito continua sendo o de acreditar nas pessoas. Mas, tudo bem! Boa parte da negligência foi minha também. O bom disso tudo é que eu sempre acredito no que faço, e sempre acredito que pode dar certo! Enfim...é só a minha "ressaca moral" misturada com umas pitadas de asia, decepção e frustração. Só um desabafo nesta linda manhã de sábado. E vamo que vamo...
PS* Preparem-se, porque agora é que eu vou incomodar, meeeeesmo!
Mas não está tudo bem...não estava, nunca esteve. Percebi que o meu pior defeito continua sendo o de acreditar nas pessoas. Mas, tudo bem! Boa parte da negligência foi minha também. O bom disso tudo é que eu sempre acredito no que faço, e sempre acredito que pode dar certo! Enfim...é só a minha "ressaca moral" misturada com umas pitadas de asia, decepção e frustração. Só um desabafo nesta linda manhã de sábado. E vamo que vamo...
PS* Preparem-se, porque agora é que eu vou incomodar, meeeeesmo!
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Demora...
Mas eu venho, nem que seja só pra dizer um OI
É que tanta coisa mudou radicalmente, rapidamente - mudou tudo - e eu mal tive tempo de administrar tanta mudança ao mesmo tempo. Pra variar, eu não estava preparada...Mas alguém consegue estar preparado para mudanças repentinas? Enfim...estou aqui, estou viva, bem viva...e vivendo, loucamente, intensamente, tudo o que eu não vivi em 30 anos. Na música "Desconstruindo Amélia" da Pitty, tem uma frase que cabe perfeitamente à minha atual situação: "Hoje aos 30 é melhor que aos 18, nem Balzac poderia prever".
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