sexta-feira, 30 de março de 2007

Memories



In this world you tried
Not leaving me alone behind.
There’s no other way.
I prayed to the gods let him stay.
The memories ease the pain inside,
Now i know why.


All of my memories keep you near.
In silent moments imagine you be here.
All of my memories keep you near.
Your silent whispers, silent tears.

Made me promise i’d try
To find my way back in this life.
I hope there is a way
To give me a sign you’re ok.
Reminds me again it’s worth it all
So i can go home.


All of my memories keep you near.
In silent moments imagine you be here.
All of my memories keep you near.
Your silent whispers, silent tears.

Together in all these memories
I see your smile.
All the memories i hold dear.
Darling, you know i will love you
'til the end of time.


All of my memories keep you near.
In silent moments imagine you be here.
All of my memories keep you near.
Your silent whispers, silent tears.

All of my memories....

quarta-feira, 28 de março de 2007

A Rosa Pálida



Como a rosa que sangra...
Caida no chão
Podada e arrebatada de seu jardim,
de seu lindo e perfumado jardim
Como a rosa pálida
Como a rosa falecida

Jaz agora, gélida

Num vaso sem vida
Enfeitando a mesa
Do seu carrasco
Que senta à sua frente

E a contempla

Admirando sua beleza fúnebre

Mesmo sabendo
Que em questão de dias

Terá que dispensá-la

Num saco negro

(Mellindha Margott)


Poema sem nome para um mundo sem sentido...


O silêncio não mais existe

Os ecos do horror me perseguem onde quer que eu vá

Os trovões, antes trombetas salvadoras

Que anunciavam a vinda de água no deserto

São hoje as vozes do demônio

Que anunciam a morte por onde passam

Foram-se os soldados, as bombas, os tanques.

Ficaram o medo, a miséria, a lembrança...

O líquido negro que brota da terra

Tinge minh’alma

Aqueles que desejam possuí-lo

Tingem de rubro minha pátria

Com tinta-sangue...

No negrume de minh’alma

Restam apenas fantasmas

Que se alimentam do breu

O tremor se apossa de meu corpo

A cada ruído não esperado

A memória (quisera eu não possuí-la)

Traz a tona o horror.

Voltam a poeira, a confusão, os trovões

Volta a angústia, os corpos espalhados pelo chão

Voltam os gritos das mães que perderam seus filhos

Voltam as lágrimas dos filhos que perderam suas mães

Voltam metralhadoras, tanques, canhões

Voltam cabeças, braços e pernas

Que rolam a ermo e sem dono na confusão

Falou-se em guerra contra o tal terrorismo

E qual o terror maior que a própria guerra?

Se há no ocidente algo mais terrível que ela,

Eu oro a Alá todos os dias para que os libertem!

Falou-se em guerra santa

Qual santidade se edifica sobre o sangue de inocentes?

A fé pacifica, liberta

A guerra nos prende num abismo profundo de desgraça

Foi-se o ditador

Dizem que minha terra será reconstruída

Mas, ainda que os mais formosos palácios aqui se ergam,

Ainda que rios se desviem em nossa direção e tenhamos fartura

Ainda que o líquido negro nos traga o vil metal

Nada mais faz sentido.

Pois não se erguerão nossos mortos,

Os braços, cabeças ou pernas perdidos

Não mais se encontrarão

Ainda que as mães hoje de luto

Possam parir uma cidade inteira de rebentos

Nenhum substituirá aquele que se foi.

Ainda que paire sobre nós um eterno silêncio,

Eterna também será nossa lembrança

Pois os gritos, os trovões, o horror

São como estigmas tatuados em nossa alma

Tingida de negro

Não mais faço parte de uma pátria

Não mais faço parte de um único povo

Não me limito mais a um iraquiano

De alma bombardeada

Faço parte hoje de um corpo

Que serve de combustível

Para o chamado progresso.

Sou hoje o índio que pereceu em sua própria terra:

Perseguido, confinado, roubado, violado.

Sou hoje o negro arrebatado de sua terra:

Açoitado, acorrentado, escravizado, discriminado.

Sou hoje cidadão de Hiroshima:

Mutilado, despedaçado, por uma rosa envenenado.

Sou hoje o vietnamita:

Invadido, transfigurado, e por defender-me, caluniado.

Sou o marginalizado do terceiro mundo:

Miserável, esquecido, desfavorecido, usado e abusado.

Hoje eu e você somos um só

Sim, você: o enganado, o alienado, o soldado

Involuntariamente ou não, somos nós a lenha

Que alimenta as chamas demoníacas

Do chamado progresso.

Levamos riqueza a um único império

Por caminhos diferentes, mas ainda somos um

Daremos a eles o que querem

E não chegaremos a lugar algum.

(Carolina Amorim Teixeira)

“A tinta do estudioso é mais preciosa que o sangue do mártir”

(Maomé)



Carola, desculpa, eu sei que vc não gosta de ter seu nome revelado, mas eu não resisti...rs